Níquel e cobre: Minerais estratégicos impulsionam transição energética e crescimento do setor no PA

  • 20/11/2025
(Foto: Reprodução)
Encarregado da embaixada americana diz que EUA querem acesso a minerais brasileiros estratégicos para setor tecnológico Reprodução/TV Globo Empresas do setor mineral no Pará destacam o níquel e o cobre como minerais estratégicos para a transição energética e a produção de tecnologias de baixo carbono. Especialistas entendem que o potencial mineral do estado pode ser extraído de maneira que tente equilibrar benefícios econômicos e impactos socioambientais. 🔶O Boletim da Mineração Paraense de 2025, com base no ano de 2024, mostrou que os minerais representaram em média 72% do que é exportado no estado. Em termos de rendimento, a produção mineral paraense em 2024 chegou a R$ 99,5 bilhões e representou 35,4% da produção mineral do país. 🌍Segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), os empreendimentos de minerais estratégicos em operação no Pará estão licenciados, seja em fase de Licença Prévia, Licença de Instalação ou Licença de Operação. A extração de níquel no Pará, mineral importante para as baterias elétricas, ficou em 1 milhão de toneladas em 2024, em torno de 10% da produção nacional. 🚗 Além dele, o cobre também é indispensável em carros elétricos, turbinas eólicas, painéis solares e no mais conhecido uso em fiações de transmissão de energia elétrica. A produção paraense de cobre, produto compatível com práticas de economia circular e eficiência energética e que permite reciclagem, atingiu mais de 56 milhões de toneladas, cerca de 64% de toda a produção brasileira em 2024. O ex-presidente do Ibama e atual diretor do Grupo Associado de Agricultura Sustentável (Gaas), Eduardo Martins, diz que, para que esse potencial seja utilizado da melhor forma é preciso fazer um diagnóstico bem-feito da região onde o empreendimento será instalado, entender o que existe de infraestrutura, de organização social e de serviços. Imagina um levantamento para saber os principais problemas que surgem em mineração na Amazônia, estabelecer quais foram as iniciativas para equacionar, quais tiveram sucesso e quais foram os fatores para fazer esse sucesso acontecer?” Esta é a segunda reportagem da série sobre minerais estratégicos, transição energética e o papel do Pará no contexto da COP 30. Nesta matéria, você vai entender o potencial da produção paraense de cobre e níquel e como ocorre a extração desses minerais estratégicos para a transição energética. Entenda o papel do Pará na busca global por minerais essenciais à transição energética e tecnologia limpa 📲 Clique e siga o canal do g1 Pará no WhatsApp Minerais estratégicos para um futuro sustentável Em São Félix do Xingu, no sudeste do estado, se encontra um dos maiores depósitos de níquel sulfetado do mundo, afirma Bruno Scarpelli, diretor executivo da Centaurus Metals. A empresa instalou na cidade paraense o Projeto Jaguar, que desde 2019 realiza pesquisa mineral, trabalhos de engenharia e licenciamento ambiental no local, com foco na exploração de níquel sulfetado. “O níquel mais comum, o laterítico, exige queima em fornos. Já o níquel sulfetado é separado dos demais minerais por meio de flotação, um processo mais simples, mais barato e com menos impacto”, explica. 🟤O diretor executivo da Centaurus afirma que o níquel sulfetado tem tudo a ver com a transição energética. Bruno afirma que a produção de níquel para veículos elétricos contribui para a redução das mudanças climáticas e do aquecimento global ao dispensar o uso de combustíveis fósseis por parte desses veículos. “O Pará sem dúvida nenhuma vai ter um papel muito relevante no desempenho que o Brasil quer ter e precisa ter para aproveitar as oportunidades que estão sendo criadas e vão ser criadas num ritmo ainda mais acelerado pela transição energética”, diz o diretor. Diretor da Centaurus, Bruno Scarpelli, fala sobre os minerais críticos e estratégicos ⛏️ Ainda no sudeste do Pará, empresas mais experientes também apostam no níquel e no cobre como potenciais investimentos em paralelo à transição energética. A Vale, por exemplo, que está há 40 anos na Amazônia, desenvolve suas principais atividades de mineração no estado, segundo o diretor do Corredor Norte da Vale, Gildiney Sales. “Produzindo minério de ferro, cobre e níquel, minerais essenciais para a descarbonização e a transição energética global. A companhia vê na região um grande potencial de expansão minerária para impulsionar a produção de cobre, contribuindo para posicionar o país na liderança global no fornecimento de minerais críticos e reforçar seu protagonismo no combate às mudanças climáticas”, detalha. Para isso, são previstos investimentos de R$ 70 bilhões até 2030 no minério de ferro na região de Carajás, mas também para expansão da produção de cobre em 32%, segundo o diretor Global de Operações da Vale Metais Básicos, Alfredo Santana. “Recentemente, a companhia anunciou o programa Novo Carajás, no Pará, com foco na retomada e manutenção dos volumes de minério de ferro e expansão da produção em cobre, minerais fundamentais para a descarbonização, o crescimento econômico global e a segurança energética”, disse Alfredo Santana. Amostras de sondagem no Projeto Jaguar de níquel sulfetado, no Pará. Centaurus Metals Desafios da extração mineral Em maio deste ano, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) lançou uma publicação chamada “Minerais críticos e estratégicos para a transição energética” que aborda, entre outros temas, os desafios socioambientais da exploração mineral no Brasil. Na publicação, a EPE afirma que a exploração mineral no país, apesar da legislação ambiental rigorosa, gera impactos significativos, o que exige uma gestão sustentável para minimizar danos. ⛏️O professor Rômulo Simões, da UFPA, explica que a sociedade precisa de minerais, mas sua extração e processamento "sempre têm consequências, como em outras atividades humanas". O pesquisador utiliza o calcário para a produção de cimento como um exemplo prático para ilustrar essa necessidade e o aparente paradoxo. O calcário possui uma origem natural ligada ao ciclo do carbono, tendo sido formado na natureza pelo sequestro de CO2 da atmosfera, que se juntou ao cálcio dissolvido na água do mar para formar CaCO3. Porém, durante o processamento para produzir cimento, a queima do calcário faz com que o CO2 volte para a atmosfera. “É um paradoxo do ser humano, porque ele precisa dos minerais e precisa extraí-los e processá-los. E toda extração e processamento têm consequências”, afirma o pesquisador. Professor Rômulo Simões, da UFPA, afirma que a sociedade precisa de minerais LEIA TAMBÉM: 'Não podemos adiar o debate', diz Haddad sobre minerais críticos Silveira anuncia instalação de Conselho Nacional de Política Mineral Minerais estratégicos são do povo brasileiro, e exploração tem que seguir a lei VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará Confira outras notícias do estado no g1 PA

FONTE: https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2025/11/20/niquel-e-cobre-minerais-estrategicos-impulsionam-transicao-energetica-e-crescimento-do-setor-no-pa.ghtml


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